sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A mentira e a Nova Censura na Wikipedia

Peter Clark

A Wikipedia que é associada ao Criativo Comum quer crescer no Brasil, recentemente contratou para sua direção geral uma colaboradora do Overmundo do Hermano Vianna. Este, na ânsia de “vender o peixe” nesse sábado escreveu sobre a enciclopedia não poupando elogios até  afirmar “que nunca houve experiência coletiva igual na história da Humanidade”...
Bem, poderia ser um exagero se não fosse absoluto non sense, Hermano finge quando diz que desconfia de qualquer informação, quer passar independência não revelando os patrocínios que sustentam pontos de vista. Hermano faz parecido como quando insiste tanto e por tanto tempo com o CC. Na Wikipedia qualquer foto para ser editada tem necessariamente que passar no CC.
Mas até aí a gente entende, são comprometimentos profissionais e comerciais e Hermano poderia relevar mais considerando o que a Wikipedia chama de Conflito de Interesses: uma maneira sutil de censurar contribuições que seus editores (censores) julgam se tratar de mera propaganda ou divulgação em causa própria. Pois Hermano no seu artigo não faz outra coisa senão um jabá em causa própria.
A Wikipedia na verdade não é o que parece, longe disso, atua selecionando o que deve ser veiculado e impede a circulação da informação, pratica discaradamente a Nova Censura e se estabelece na falsidade de que se trata de uma enciclopedia livre.
Hermano engana ao aconselhar e afirmar que o chefe de redação sumiu quando na verdade a Wikipedia entregou na mão de seus censores a autoridade de apagar qualquer colaboração que lhes der na telha, estribados em conceitos subjetivos ou simplesmente particulares.
Como instrumento do mundo livre a Wikipedia deixa muito a desejar, está constituída de modo autoritário e na verdade conspira contra a liberdade ao censurar, seus editores usam codinomes como “Navalha”, “Macho Carioca”, entre outros, e praticam o desrespeito e a intolerância.
O verbete de João Gilberto é um exemplo, em português ou em inglês, das práticas adotadas num desrespeito flagrante pela memória da cultura nacional. Basta visitá-lo e observar em Discussão o embate que se trava para melhorar e informar no verbete.
O caso de Philip Roth é sintomático e o tal "escândalo" fabricado de Gibraltar um mero factóide inverossímel, objeto de divulgação do que parece mas não é.
É inadmissível a organização de uma Nova Censura entre nós.
5/out/2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário