sábado, 19 de maio de 2012

O patrocínio do Brasil

foto  gl
A questão poderia ser como fazer para estimular as empresas patrocinadoras a optar pelo conteúdo nacional com prioridade, vemos o Estado patrocinando o conteúdo nacional e as empresas privadas o conteúdo importado, exceção recente é para o Banco do Brasil que decidiu patrocinar Eric Clapton e Madonna…. Nessa situação faltam meios para o conteúdo nacional se afirmar e se reproduzir em seu próprio mercado uma vez que a política vigente não atua de modo a conceder-lhe prioridade. Não é o patrocínio que faz a arte nem a cultura, entendido como um meio ao que tem servido no Brasil? Qual o balanço?  Temos construído um ambiente com a presença hegemônica do conteúdo importado em todos os segmentos, nossos meios estão disponíveis para isso e a tendência é a valorização intensa desse conteúdo. O que fazer? Primeiro temos que saber se queremos que seja assim mesmo. Parece que sim, damos o mesmo subsídio fiscal para o importado ou para o nacional por exemplo. Os megaprojetos estruturantes da subjetividade são francamente de valorização do importado. Há na ponta da produção uma crescente vulgarização do conteúdo nacional, nossa expressão cultural tem ênfase equivocada com a difusão em escala da produção mais vulgar, rompendo com uma linha evolutiva que garantiu nossa presença e caráter global. O que vamos fazer para afirmar a produção do nosso conteúdo na competição global? Não temos ainda isso definido, temos perdido tempo, estamos entregues a um projeto hegemônico competente e poderoso e não temos tido crítica suficiente para enfrentá-lo e impor nossa presença original. Patrocínio é um meio, o problema não é ele mas onde ele atua e se reproduz. E porque.

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